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“1867 – Os Estados Unidos, representados
pelo Secretário de Estado William Henry Seward, concluem a compra do Alasca à Rússia.”
William Henry Seward (1801 – 1872) foi um
político norte-americano, o 12º governador de Nova Iorque, Senador
dos Estados Unidos e Secretário de Estado dos Estados Unidos durante
as administrações de Abraham Lincoln e Andrew Johnson. Um
grande opositor da escravidão nos anos que precederam a Guerra de Secessão,
Seward foi uma das principais figuras dos primeiros anos do Partido
Republicano e também foi considerado um dos candidatos a indicação
presidencial na eleição de 1860. Tendo recusado a indicação, ele tornou-se
um dos membros mais leais do gabinete de Lincoln e teve papel importante para impedir
a interferência internacional no conflito. Na noite do assassinato de
Lincoln, Seward sobreviveu a um atentado contra sua própria vida. Como
Secretário de Estado de Johnson, ele engenhou a compra do território do Alasca ao Império Russo em
1867.
O território
comprado, com área aproximada de 1 600 000 km² (600 000
milhas quadradas), constitui o actual estado americano do Alasca.
O Império Russo estava em dificuldades financeiras e em vias de
perder o território do Alasca sem compensação em algum futuro conflito,
sobretudo para o rival da época, o Império Britânico, que detinha o
vizinho Canadá e cuja possante Royal Navy poderia
facilmente tomar o controle das costas, de defesa difícil para a Rússia. O
Czar Alexandre II decidiu então vender o território aos Estados
Unidos e encarregou o seu embaixador, o barão Edouard de Stoeckl, de abrir
negociações com o Secretário de Estado William Seward, de quem era amigo, no início
de Março de 1867.
As negociações concluíram-se após discussões que duraram uma noite inteira e a assinatura
do tratado foi feita às 4 horas da manhã de 30 de Março com um preço
de compra de 7 200 000 dólares americanos. A opinião pública
americana foi muitíssimo desfavorável a esta compra, e as críticas foram
numerosas.
A compra foi à época vista como ridícula,
considerada como "a loucura de Seward", a "Geleira de
Seward" e "o jardim de ursos-polares de Andrew Johnson", pois
considerava-se temerário gastar uma tal quantia por uma região remota.
O Senado dos Estados Unidos da América ratificou o tratado em 9 de Abril de 1867,
por 37 votos a favor e 2 contra.
Estima-se que o Alasca contava na altura com 2 500 russos ou mestiços e 8 000
aborígenes, no total mais de 10 000 habitantes, sob o comando directo da companhia
russa das peles, e cerca de 50 000 esquimós viviam sob esta jurisdição.
Os europeus
viviam em 23 povoações situadas nas ilhas ou na costa. Em pequenos postos havia
quatro ou cinco russos que se encarregavam do recebimento e armazenamento de peles trazidas
pelos nativos e do reabastecimento de navios que vinham buscar a mercadoria.
Havia duas vilas principais. A primeira, New Archangel, actualmente Sitka,
foi fundada em 1804, como base de apoio ao rentável negócio de peles de leão
marinho. Tinha cerca de 116 barracões que abrigavam 968 habitantes. A segunda
era Saint-Paul, na ilha Kodiak, que com 100 barracões e 283 habitantes era
o centro da indústria de peles de foca.
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