“1930 – Mahatma Gandhi inicia a marcha do sal.”
A Marcha do Sal foi um acto de protesto contra
a proibição, imposta pêlos britânicos, da extracção de sal na Índia colonial. Mahatma
Gandhi caminhou de Sabarmati Ashram a Dandi, para pegar um
pouco de sal para si. Um número muito grande de indianos o seguiu, mas os britânicos nada
puderam fazer contra ele, pois não havia incitado os outros a seguirem-no. A
marcha ocorreu de 12 de Março até 6 de Abril de 1930.
A caminhada, de quase 400 quilómetros, durou 25 dias em
direcção ao litoral. Gandhi e seus seguidores paravam de cidade em
cidade para descansar, conseguindo assim mais simpatizantes. O protesto foi
incitado pelo fato de que, naquela época, os indianos eram obrigados a comprar
produtos industrializados do Reino Unido, sendo proibidos inclusive de
extrair sal em seu próprio país.
No dia 6
de Abril, depois do banho, ritual sagrado para os hindus, Gandhi apanhou
um punhado de sal à beira-mar, e seu gesto foi repetido simbolicamente pelos
milhares de indianos ali presentes. Em resposta a esses actos, os britânicos
prenderam mais de 50 mil indianos, entre eles o próprio Gandhi.
Mesmo
com a prisão de Gandhi, a marcha continuou, em direcção às salinas ao
norte de Bombaim. Aproximaram-se em silêncio dos depósitos de sal,
guardados por 400 policiais, que investiram contra eles com cassetetes. Os
protestantes foram tombando, sem esboçar gestos de defesa. Cada coluna que
avançava era igualmente abatida.
Mohandas
Karamchand Gandhi (1869 – 1948),
mais conhecido como Mahatma Gandhi (do sânscrito "Mahatma", "A
Grande Alma") foi o idealizador e fundador do moderno Estado indiano e
o maior defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão, forma não-violenta de
protesto) como um meio de revolução.
O
princípio do satyagraha, frequentemente traduzido como "o
caminho da verdade" ou "a busca da verdade", também inspirou
gerações de activistas democráticos e anti-racismo, incluindo Martin
Luther King Jr. e Nelson Mandela. Frequentemente Gandhi afirmava a
simplicidade de seus valores, derivados da crença tradicional hindu:
verdade (satya) e não-violência (ahimsa).
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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