“1932 – É anunciada uma vacina contra a febre amarela para uso em humanos.”
A febre
amarela é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos contaminados e
ocorre na América Central, na América do Sul e na África.
O período de
incubação é de três a sete dias após a picada.
Dissemina-se pelo sangue.
Os sintomas iniciais são in específicos como febre, cansaço, mal-estar e dores
de cabeça e musculares (principalmente no abdómen e na lombar). A febre amarela
caracteriza-se pela ocorrência de febre moderadamente elevada, náuseas, queda
no ritmo cardíaco, prostração e vómito com sangue. A diarreia também surge por
vezes. A maioria dos casos são assim arcoptomáticos, manifestando-se com uma
infecção subclínica, mas pode se tornar grave e até fatal.
Mais tarde e
após a descida da febre, em 15% dos infectados, podem surgir sintomas mais
graves, como novamente febre alta, diarreia de mau cheiro, convulsões e
delírio, hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos
e enfartes em vários órgãos, que são potencialmente mortais. As hemorragias
manifestam-se como sangramento do nariz e gengivas e equimoses (manchas
azuis ou verdes de sangue coagulado na pele). Ocorre frequentemente também hepatite e
por vezes choque mortal devido às hemorragias abundantes para
cavidades internas do corpo. Há ainda hepatite grave com degeneração
aguda do fígado, provocando aumento da bilirrubina sanguínea e
surgimento de icterícia (cor amarelada da pele, visível
particularmente na conjuntiva, a parte branca dos olhos, e que é indicativa de
problemas hepáticos).
A cor amarelada que produz em
casos avançados deu-lhe obviamente o nome. Podem ocorrer ainda hemorragias
gastrointestinais que comumente se manifestam como evacuação de fezes negras (melena)
e vómito negro de sangue digerido (hematémese). A insuficiência renal com
anúria (deficit da produção de urina) e a insuficiência hepática são
complicações não raras.
A taxa de mortalidade da febre
amarela em epidemias de novas estirpes de vírus pode subir até 50%, mas na
maioria dos casos ocasionais é muito menor, apenas 5%.
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