“Os Sete Pecados Mortais”
Os conceitos
incorporados no que se conhece hoje como os sete pecados mortais trata-se
de uma classificação de condições humanas conhecidas actualmente
como vícios que é muito antiga e que precede ao surgimento do cristianismo, mas
que foi usada mais tarde pelo catolicismo com o intuito de
controlar, educar, e proteger os seguidores, de forma a compreender e
controlar os instintos básicos do ser humano.
A Igreja Católica classificou e seleccionou os pecados da seguinte forma: a
tríplice concupiscência que é a raiz dos pecados mortais; pecados capitais que
são os pais dos outros vícios; pecados veniais que são perdoáveis sem
a necessidade do sacramento da confissão e os pecados mortais que são
merecedores de condenação por ferirem os dez mandamentos de Deus. A
partir de inícios do século XIV a popularidade dos sete pecados mortais entre artistas
da época resultou numa popularização e mistura com a cultura humana no mundo
inteiro.
Dante Alighieri, imortalizou-os na sua obra “A Divina Comédia” e mais recentemente em
1995, o realizador David Fincher transportou-os
para o cinema com o filme “Seven”.
Pecados Mortais:
Soberba
A
soberba (do latim superbia) é conhecida também como vaidade ou
orgulho. Está associada a orgulho
excessivo, arrogância e vaidade.
Avareza
Do
latim avaritia, a avareza ou ganância
é o apego excessivo e descontrolado aos bens materiais e ao dinheiro. Na
concepção católica, a avareza é considerada um dos sete pecados mortais, pois o
avarento prefere os bens materiais ao convívio com Deus. Neste sentido, o
pecado da avareza conduz à idolatria, que significa tratar como se fosse
Deus algo que não o é. É considerado o pecado mais tolo, por se firmar em
possibilidades.
A
avareza, no cristianismo, é sinónimo de ganância, ou seja, é a vontade
exagerada de possuir qualquer coisa. Mais caracteristicamente, é um desejo
descontrolado, uma cobiça de bens materiais
e dinheiro, ganância. Existe também avareza por informação ou por
indivíduos, por exemplo.
Luxúria
A
luxúria (do latim luxuria) é o desejo passional e egoísta por todo
o prazer corporal e material. A luxúria é definida, por vezes, como desejo
perante o prazer sexual mal administrado, embora incorpore outros tipos de
desejo, como o da comida, o da bebida e o da superioridade em relação aos
demais. Por este entender, a luxúria está também bastante relacionada com a
gula, a soberba e a avareza, pois, através de ambas, o pecador deseja adquirir
o prazer. Também pode ser entendida em seu sentido original: “deixar-se dominar
pelas paixões”.
Ira
Conhecida
também por cólera, é o sentimento
humano de externar raiva e ódio por alguma coisa ou alguém. É o forte desejo de
causar mal a outrem e um dos grandes responsáveis pela maior parte dos
conflitos humanos no transcorrer das gerações.
Gula
A gula
é o desejo insaciável por comida e bebida. A pessoa
que comete este pecado vai directamente para o inferno. Segundo tal visão, a
gula também está relacionada com o egoísmo
humano: querer adquirir sempre mais e mais, não se contentando com o que já
tem, uma forma de cobiça. A gula seria controlada pelo recurso à virtude
da temperança.
Inveja
A
inveja (do latim invidia) é o desejo exagerado por posses, status, habilidades e tudo que outra pessoa
tem e consegue. É considerada pecado porque uma pessoa invejosa ignora suas
próprias bênçãos e prioriza o status de outra pessoa no lugar do próprio crescimento espiritual. O invejoso
ignora tudo com que foi abençoado e que possui, para cobiçar o que é do
próximo.
A
inveja é frequentemente confundida com o pecado capital da avareza, um
desejo por riqueza material que pode ou não pertencer a outrem. Na forma
de ciúme, a inveja é proibida pelos Dez
Mandamentos da Bíblia.
Preguiça
Do
latim acedia. A pessoa com este pecado capital é caracterizada pela Igreja
Católica como alguém que vive em estado de falta de capricho, de esmero,
de empenho, em negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza, de causa
orgânica ou psíquica, que a leva a uma inactividade acentuada.
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