Igreja de Santa Sofia, Constantinopla. |
“1453 – O sultão otomano Mehmed II inicia o Cerco de Constantinopla.”
Denomina-se queda
de Constantinopla a conquista da capital bizantina pelo Império
Otomano sob o comando do sultão Mehmed II, na terça-feira, 29 de
Maio de 1453. Isto marcou não apenas a destruição final do Império
Romano do Oriente, e a morte de Constantino XI Paleólogo, o último
imperador bizantino, mas também a estratégica conquista crucial para o domínio
otomano sobre o Mediterrâneo oriental e os Balcãs. A cidade de
Constantinopla permaneceu capital do Império Otomano até a dissolução do
império em 1922, e foi oficialmente renomeada Istambul pela República
da Turquia em 1930.
A queda de Constantinopla para os turcos otomanos foi um evento
histórico que segundo alguns historiadores marcou o fim da Idade Média na Europa,
e também decretou o fim dos últimos vestígios do outrora poderoso império
Romano agora dividido e chamado de império Bizantino.
Mehmed II conhecido pelo epíteto o
Conquistador (1432 — 1481), foi sultão do Império
Otomano em duas ocasiões, a primeira em 1444–1446 e a segunda em 1451–1481.
Foi o primeiro soberano otomano a reclamar o título de César de Roma, o
soberano supremo de todos os cristãos, além dos habituais títulos de rei,
sultão (o soberano de um estado muçulmano), cã (soberano turco) etc.
Dois anos depois de subir ao trono em 1451, Mehmed terminou com o Império Bizantino,
ao capturar Constantinopla em 1453 (durante o conhecido Cerco de
Constantinopla), e outras cidades Bizantinas da Anatólia e dos Balcãs.
A invasão de Constantinopla e campanhas bem-sucedidas contra pequenas
monarquias nos Balcãs, Crimeia, e territórios turcos na Anatólia
conferiram-lhe respeito por parte das outras potências, passando o estado de Otomano
a ser reconhecido como um império pela primeira vez. O avanço de Mehmed em direcção
ao centro da Europa terminou com o mal sucedido Cerco de Nándorfehérvár (actual Belgrado)
em 1456.
O seu reinado, marcado principalmente pela captura de Constantinopla, tornou-se também
célebre pela tolerância excepcional com que tratou os seus súbditos,
especialmente os bizantinos por ele subjugados. Estabeleceu dentro da cidade
uma comunidade religiosa autónoma, nomeando o antigo Patriarca como governador
da cidade de Constantinopla.
É também reconhecido como o primeiro sultão a codificar a lei criminal e
constitucional, muito antes de Solimão (Suleyman) o Magnífico (também
denominado "o Legislador" ou "Kanuni"). Estabeleceu assim a
imagem clássica do sultão Otomano autocrático (padishah). Depois da queda de
Constantinopla, fundou diversas universidades e colégios na cidade,
alguns dos quais ainda estão em funcionamento.
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