“2002 – A independência de Timor-Leste é reconhecida formalmente por Portugal, após 23 anos
de domínio indonésio.”
Timor-Leste, oficialmente República
Democrática de Timor-Leste, é um dos países mais jovens do mundo,
e ocupa a parte oriental da ilha de Timor, no Sudeste Asiático, além
do exclave de Oecusse, na costa norte da parte ocidental de
Timor, da ilha de Ataúro, a norte, e do ilhéu de Jaco, ao largo da
ponta leste da ilha. As únicas fronteiras terrestres que o país tem ligam-no
à Indonésia, a oeste da porção principal do território, e a leste, sul e
oeste de Oecusse, mas tem também fronteira marítima com a Austrália,
no Mar de Timor, a sul. Com 14 874 quilómetros quadrados de
extensão territorial, Timor-Leste tem superfície equivalente às áreas dos
distritos portugueses de Beja e Faro somadas, o que ainda é
consideravelmente menor que o menor dos estados brasileiros, Sergipe. Sua
capital é Díli, situada na costa norte.
A língua mais falada em Timor-Leste era o indonésio no tempo da
ocupação indonésia, sendo hoje o tétum (mais falado na capital). O tétum e
o português formam as duas línguas oficiais do país, enquanto o
indonésio e a língua inglesa são consideradas línguas de trabalho pela atual
constituição de Timor-Leste. Geograficamente, o país enquadra-se no chamado
sudeste asiático, enquanto do ponto de vista biológico aproxima-se mais das
ilhas vizinhas da Melanésia, o que o colocaria na Oceania e, por
conseguinte, faria dele uma nação transcontinental.
O país foi
colonizado pelo Império Português no século XVI e era conhecido
como Timor Português até a descolonização do país. No final de
1975, Timor-Leste declarou sua independência, mas no final daquele ano
foi invadido e ocupado pela Indonésia e foi
anexado como a 27ª província do país no ano seguinte. Em 1999, após um ato de autodeterminação
patrocinado pelas Nações Unidas, o governo indonésio deixou o controle do
território e Timor-Leste tornou-se o primeiro novo Estado soberano do
século XXI, em 20 de maio de 2002. Após a independência, o país tornou-se
membro das Nações Unidas e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Em 2011, o
Timor-Leste anunciou a intenção de participar da Associação de Nações do Sudeste
Asiático através da apresentação de uma carta de candidatura para se
tornar o décimo primeiro membro do grupo. É um dos dois únicos países
predominantemente cristãos no sudeste da Ásia, sendo o outro as
Filipinas.
Timor-Leste tem
uma renda média inferior à da economia mundial, sendo que 37,4% da
população do país vive abaixo da linha de pobreza internacional, o que
significa viver com menos de 1,25 dólar dos Estados Unidos por dia, e
cerca de 50% da população é analfabeta. O país continua a sofrer os efeitos
colaterais de uma luta de décadas pela independência contra a ocupação
indonésia, que danificou severamente a infraestrutura do país e matou
pelo menos cem mil pessoas. O país é classificado no 128º lugar no Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH). No entanto, teve o sexto maior crescimento
percentual do produto interno bruto no mundo em 2013.
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