“1885 – Louis
Pasteur testa com sucesso a sua vacina contra a Raiva em
Joseph Meister, mordido por um cão portador da doença.”
A raiva é uma doença infecciosa que
afecta os mamíferos causada por um vírus que se instala e
multiplica primeiro nos nervos periféricos e depois no sistema
nervoso central e dali para as glândulas salivares, de onde se
multiplica e propaga. Por ocorrer em animais e também afectar o ser
humano, é considerada uma zoonose.
A transmissão dá-se do animal infectado para o sadio através do contacto da saliva por
mordedura, lambida em feridas abertas, mucosas ou arranhões. Outros casos de
transmissão registrados são pela via inalatória, pela placenta e aleitamento e,
entre humanos, pelo transplante de córnea. Infectando animais homeotérmicos,
a raiva nas áreas urbanas tem como principal agente o cão, seguido pelo gato;
em zonas silvestres, se dá principalmente por lobos, raposas, coiotes e nos
morcegos hematófogos. 80% dos casos registrados de animais infectados são carnívoros.
Mesmo sendo controlada nos animais domésticos em várias partes do mundo, a
raiva demanda atenção em razão dos animais silvestres. Na saúde pública gera
grande despesa para seu controle e vigilância, mesmo nos locais onde é
considerada erradicada ou sob controle, já que é uma doença fatal em
todos os casos que evoluem para a manifestação dos sintomas. Até 2006
apenas 6 casos de cura entre humanos foram registrados, dos quais 5 haviam
recebido o tratamento vacinal pré e pós-exposição e somente
um, em 2004, parece não haver recebido estes cuidados. A este caso único de
cura, uma adolescente de Milwaukee, ensejou a uma segunda cura, esta feita
num hospital público do Recife, no Brasil.
Sua incidência é global, salvo em algumas áreas específicas em que é
considerado erradicado, como a Antárctida, Japão, Reino Unido, e
outras ilhas.
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